As taxas de sobrepeso e obesidade entre as mulheres brasileiras vêm crescendo nos últimos anos. E, ainda, a obesidade na gestação tem sido algo comum na atualidade. Durante este período, cerca de dois terços das mulheres ganham mais peso do que o recomendado. Apesar de comum, é uma situação que demanda atenção: pode aumentar as chances de desenvolver alguns problemas nesta fase.
Quais as possíveis consequências da obesidade na gestação?
O excesso de peso está associado com maior risco de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, infecção urinária, problemas cardíacos, trombose e complicações cirúrgicas no parto. O bebê também pode sofrer com todas essas alterações no metabolismo da mãe, e as consequências são maior risco de malformações congênitas, macrossomia (quando o bebê nasce com peso aumentado, com mais de quatro quilos), hipoglicemia e até a morte durante o parto.
Todas essas complicações podem acontecer com maior frequência quando há obesidade na gravidez, porém outros fatores podem desencadear esses problemas, inclusive em mulheres dentro da faixa de peso adequado.
Sendo assim, é importante verificar o ganho de peso durante a gravidez e rever alguns hábitos, como falaremos a seguir.
Além da obesidade na gestação, veja outros temas que tratamos aqui no blog:
- Qual deve ser a alimentação para gestante?
- Dicas para ter uma boa alimentação
- Como fazer a primeira papinha do bebê?
Existe um peso ideal para o período da gestação?
De acordo com o estado nutricional inicial da gestante (baixo peso, adequado, sobrepeso ou obesidade) há uma faixa de ganho de peso recomendada por trimestre. Essa avaliação da mãe deve ser feita por profissionais da área da saúde que acompanham o desenvolvimento do bebê durante o pré-natal, como o médico e o nutricionista.
Mudança de hábitos: a melhor forma de evitar a obesidade na gestação
Primeiramente, cuidado: ficar em jejum ou passar fome por medo dos riscos mencionados no começo do texto não é uma solução! A mãe e o bebê sofrem ao passar por essas situações e podem acontecer acidentes. Por exemplo, o jejum pode acarretar tonturas que, por consequência, podem influenciar em uma queda. A longo prazo, quando a mãe come menos do que necessita, o bebê também pode sofrer com a falta de nutrientes necessários para o seu desenvolvimento normal.
Essa fase traz muitas mudanças na vida da mãe, a ansiedade e as expectativas estão a mil. Fisiologicamente falando, alguns hormônios estão com taxas mais elevadas, e isso também influencia muito. Assim, é comum descontar na comida por conta desse turbilhão de emoções ou mesmo por imaginar que “deve comer por dois”. É fato que o metabolismo se altera e a fome pode aumentar, afinal uma nova vida está sendo gerada. Mas é necessário atentar-se a essas emoções, para não descontar na comida. Além disso, a mulher que já está habituada a fazer dietas pode ainda ter o apetite aumentado durante a gravidez, como se fosse uma forma de compensação do corpo derivada da restrição anterior.
Isso não quer dizer que para evitar a obesidade na gestação deve restringir alimentos e fazer dieta, de jeito nenhum! E sim que a fome deve ser respeitada, e a mãe deve comer o suficiente até ficar satisfeita. Comer até se sentir satisfeita significa que as refeições devem ser de qualidade e feitas tranquilamente, mastigando bem os alimentos e com atenção aos sinais de saciedade que o corpo manda. Ao comer o suficiente e de forma moderada também é possível evitar a azia e a dor de estômago, sensações comuns durante a gravidez.
De uma forma geral, a ideia não é restringir alimentos, mas melhorar a qualidade das refeições da mamãe. Frutas, legumes, verduras, arroz, feijão, carnes, nozes e castanhas bem higienizados devem fazer parte do dia a dia da gestante. Os alimentos in natura trazem diversos nutrientes para que o bebê cresça forte e saudável.
Cuidado profissional é importante!
É importante ressaltar que nada substitui o acompanhamento individualizado realizado por profissionais da área, pois é uma fase que demanda muita atenção e necessita de um cuidado especial. As revistas e sites que falam sobre o assunto podem auxiliar, mas não devem ser a única fonte de orientações para o período da gestação.
A atividade física também é válida, um profissional da área pode ajudar a pensar qual é a melhor forma de se exercitar na fase da gestação. Assim, é possível ter certeza sobre todas as limitações da mamãe, sem nenhum prejuízo ao bebê ou a mãe.
Resumindo, para evitar a obesidade na gestação, a fórmula é simples: alimentação variada, baseada em alimentos de preferência in natura e bem higienizados, com moderação e prazer! Nutrindo da melhor forma a mãe e o bebe.
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